Chegou a minha lunação, o meu sangue sagrado
Ele vem me dizer que é hora de pausar
É hora de retirar as armaduras
E me permitir ser frágil
O corpo dói, a lombar dói
Pois estou sangrando e adentrando o arquétipo da anciã
E no fim da vida, o corpo dói mesmo
Poderia reclamar, poderia resistir, poderia tomar um remédio e ignorar
Mas não
Eu me entrego para viver esta aparente fragilidade
Pois é nesta fragilidade que encontro um grande poder feminino
O dom da sensibilidade, de sentir profundamente
E deste sentir profundo, brota a intuição e o estado visionário
É deste sentir que encontro as respostas para as minhas perguntas
É deste sentir que encontro a sabedoria de minha anciã
E encontro a sua calma
E a sua contemplação
Permito-me ser anciã sem medo
Mesmo com dores, mesmo sentindo a morte por perto
Pois é tempo de morrer para renascer
Permito-me deitar e olhar o teto
Permito-me fazer nada
Permito-me cuidar de mim
Aquele cuidado que não dei durante todo o meu ciclo
Quanta sabedoria existe em permitir-me ser frágil
Quanta sabedoria que nasce em nosso ventre
Escorre pelo Portal da Vida
E fertiliza a Terra
É uma honra ser este canal
Que nunca mais tenhamos que esconder a fragilidade de nosso tempo de Lua
Que o nosso sangue seja novamente reconhecido como um dom, uma benção
Uma joia preciosa
De renascimento
Namastê!
Fernanda Brener
Imagem maravilhosa de @bertaartigal
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